quinta-feira, 10 de outubro de 2013

AuFamily será tema de Feira Cultural em escola







O Centro de Recuperação e Adoção de Animais AuFamily será um dos destaques da Feira Cultural do Colégio Universo. A iniciativa que surgiu a partir do tema “Voluntariado na Causa Animal em Belém” levou, na tarde do último sábado, 5, um grupo de alunos a conhecerem as instalações da sede provisória do AuFamily. 

“Gostamos muito desse tema por ser uma questão que toca as pessoas e, apesar de não ser muito sentimental, me emocionei com a recepção que recebemos dos animais”, ressaltou Andrio Pinheiro, 15 anos. Segundo ele, ao se deparar com os animais do Centro, sentiu-se ainda mais motivado a continuar ajudando. 

Para Marcos Antônio Junior, 17 anos, também membro do grupo, a visita foi enriquecedora, tanto para o trabalho que será apresentado na Feira Cultural, quanto para sua vida. “Embora eu tenha gostado de conhecer o local, me senti um pouco triste em ver tantos animais sem uma família, bateu uma vontade ainda maior de colaborar”, refletiu o adolescente que pretende realizar uma ação de arrecadação de ração dentro da escola. 

Para os estudantes, um dos grandes problemas envolvendo os animais é a falta de informação e de uma educação de base. “Falta nas famílias e nas escolas mais orientação sobre maus tratos, abandono de animais e como combater tais práticas. Se respeitamos as pessoas, devemos agir da mesma forma com os animais”, ratificou Andrio. 

AuFamily 

Há seis anos o AuFamily atua no resgate, recuperação e adoção de cães e gatos abandonados e, atualmente, acolhe cerca de 400 animais. Contudo, ainda há muito por ser feito e pouco apoio financeiro e de voluntários’’. 

O Centro sempre foi mantido com recursos e investimentos pessoais da protetora Raquel Viana, mas este ano, por conta da chegada dos animais sobreviventes do massacre de Santa Cruz do Arari, o espaço ganhou mais visibilidade, e com isso, os pedidos de ajuda, os problemas e as necessidades se multiplicaram. Para atender à demanda atual, o AuFamily se prepara para tornar-se a primeira ONG de proteção animal de Belém e, desta forma, espera conseguir mais parceiros, apoiadores. 

Para ajudar 

Hoje, o espaço conta com um pequeno grupo de protetores independentes e colaboradores que se revezam no trabalho. Mesmo com toda essa boa vontade, grandes dificuldades ainda são enfrentadas por eles para manter o espaço e continuar tirando os animais das ruas. 

De acordo com a fundadora do Centro, atualmente a principal meta a ser alcançada é o término da sede do AuFamily . Hoje, o espaço se restringe a um local provisório e a casas alugadas para casos emergenciais. “Vivemos aqui no “AuFamily” um dia de cada vez e temos medo que o pouco que temos hoje se acabe por falta de apoio”, lamenta a protetora. 

Texto e Fotos: Keila Rodrigues